terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A ARAPUCA DA COPA

A ARAPUCA DA COPA


(Hoje em Dia) - Pudesse voltar atrás, e talvez o Presidente Lula não tivesse apresentado a candidatura do país à Copa do Mundo de 2014.
Os problemas que o Brasil tem enfrentado são tantos – e a resistência a tudo que cheire a Panem et Circenses tão grande, nos dias de hoje,  que até  a capital da Suécia, uma das nações mais ricas do mundo, acaba de recusar - com certeza alertada pelo que está ocorrendo em nosso país - o polêmico privilégio de sediar as Olimpíadas de Inverno de 2022, com a justificativa de  economizar recursos públicos.
Com sua ingenuidade, lassidão e, as vezes, “salto alto” – pura arrogância e soberba, segundo seus inimigos – o PT não percebeu, em 2007, que, em política, toda vitória aparente pode ser usada  contra o vitorioso, até prova em contrário. Que o mel que se oferece hoje ao povo, pode se transmutar rapidamente em fel quando não se presta atenção aos detalhes. E que – como no caminho da Chapeuzinho para a casa de sua avó - existem mais percalços que se possa imaginar entre o sonho e a realidade.
Considerando-se os recursos que envolvia, e sua importância estratégica para o governo e a Nação, a Copa deveria ter sido tratada - sem licitação ou terceirização - do planejamento à execução, como uma operação de Estado.
Se o governo tivesse constituído uma estatal binacional com a China, aproveitando a experiência de Pequim na organização das Olimpíadas, os estádios, por exemplo, estariam prontos em poucos meses e seu custo não seria de um centavo a mais que o previsto.
Na comunicação, a Copa continua sendo tratada como festa e não como um projeto nacional com investimento, retorno, criação de empregos e renda definida, e os altos e baixos na relação com a FIFA beiram o improviso.
Enquanto isso, cidadãos voltam às ruas, e com eles, episódios absurdos e constrangedores, como o protagonizado por soldados da PM contra um manifestante em São Paulo.
Os soldados envolvidos poderiam alegar que estavam sendo ameaçados, se estivessem correndo do rapaz – como foi o caso do coronel agredido por manifestantes em junho - e não o contrário.
Cercado por homens fardados, armados e perigosos, que o perseguiam, com a evidente intenção de agredi-lo, e – como se viu pelo vídeo – provavelmente, matá-lo, era o rapaz – mesmo que estivesse portando um estilete – que estava em situação de legítima defesa, e não os soldados.    
Nunca é demais repetir, enganam-se aqueles que pensam que os protestos contra a Copa irão beneficiar, de alguma forma, a oposição.
Primeiro, porque nos estados que comanda e que sediarão jogos, a oposição – a exemplo do próprio governo - virou vidraça para as pedras - que não possuem rumo certo ou filiação partidária - da ala mais radical dos manifestantes,

E, também, porque a oposição não pode fingir apoiar os “anti-copa”, enquanto sua polícia persegue e acua, agride, ataca e atira em quem protesta contra o evento, como vimos em São Paulo.  

Vc sabe o que significa caô?

Mentira contada com intenção de enganar, conquistar ou forma de brincadeira.

Saberes

Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro: Companheiro, você entende de leis? Não, respondeu o barqueiro. E o advogado compadecido: É pena, você perdeu metade da vida. A professora muito social, entra na conversa: Seu barqueiro, você sabe ler e escrever? Também não, respondeu o barqueiro. Que pena! Condói-se a mestra, você perdeu metade de sua vida! Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco. O barqueiro preocupado, pergunta: Vocês sabem nadar? NÃO! Responderam eles rapidamente. Então é uma pena, conclui o barqueiro. Vocês perderam toda a vida. Não há saber maior ou saber menor. Há saberes diferentes.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

A reforma do Estado


As sociedades nacionais se movem sob o impulso das idéias que alimentam reflexões, estratégias e o comando.

"Quem pensa quer mandar, e quem quer mandar quer pensar". Mas a nossa época, tão prenhe de cérebros para as ciências exatas, é maninha no parto de grandes homens de Estado.

Fazer um apelo a inteligência. é regional, é delegar a missão de pensar aos que sabem pensar, embora alguns tenham também que exercer funções importantes no Estado.

Modernizar e reequilibrar as instituições é com certeza o maior desafio do século 21, dessa forma, a formação de uma comissão de notáveis com a participação de personalidade de extraordinária experiência no Estado; não com a intenção de usurpar funções do Poder legislativo, embora este se encontre anêmico representando setores corporativos, e não cidadão, tratando de legislar na defesa de seus grupos financiadores de suas campanhas, o que dessa maneira os impedem de pensar na sociedade como um todo. Daí a importância das equipes de reflexão onde caberá ao parlamento acatar ou não seu conselhos.

Estamos nos arrastando em busca da reforma política, morosa por falta de idéias que conciliem o necessário e o possível. Os parlamentares empacam, porque atendem aos objetivos de seus financiadores. Em razão disso, deixam de construir projetos coerentes de reforma, que atendam ao Brasil e a seu futuro.

Um cômite de reflexão com o espectro ideológico da sociedade seria o necessário e mais importante a nossa nação, conforme o modelo francês, ao invés de um conselho com presença de empresários com seus interesses comuns. além disso, é impossível pensar em conjunto com dezenas e dezenas de pessoas reunidas.

Em síntese, se a Câmara e Senado não estivessem preocupados com a caça menor, seria o aso de convocarem alguns pensadores brasileiros para refletir sobre o desenvolvimento nacional e a reforma das instituições políticas, conforme o modelo utilizada na República Francesa.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Saberes


Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro: Companheiro, você entende de leis? Não, respondeu o barqueiro. E o advogado compadecido: É pena, você perdeu metade da vida. A professora muito social, entra na conversa: Seu barqueiro, você sabe ler e escrever? Também não, respondeu o barqueiro. Que pena! Condói-se a mestra, você perdeu metade de sua vida! Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco. O barqueiro preocupado, pergunta: Vocês sabem nadar? NÃO! Responderam eles rapidamente. Então é uma pena, conclui o barqueiro. Vocês perderam toda a vida. Não há saber maior ou saber menor. Há saberes diferentes.